segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Vazia...

Faz alguns dias que me sinto assim... vazia de palavras...
Abro um documento, quero escrever... mas a palavras não vêm... escondem-se em recantos de mim, por de trás de ideias que gritam para serem colocadas no papel, por trás de sentimentos que em silêncio me arranham o pensamento com vontade de sair... Palavras... às vezes tão presentes, outras tantas tão ausentes...
Sinto-me asfixiar, sinto-me entristecer... quero deixar saír o que me pede intensamente para ser libertado mas as palavras outrora amigas e companheiras hoje ficam presas nos dedos, ficam coladas no pensamento... ficam "longe" de mim... ficam algures nas ruelas do meu mundo...
E eu vejo-me render perante uma luta que travo intensamente à alguns dias... Vejo-me caír, no pensamento meu, junto a um campo verde pintado com várias cores e com cheiro a Primavera... vejo-me fitando o azul do céu e construindo imagens com as poucas nuvens que o preenche... vejo-me perder em pensamentos e sentimentos de mundos distantes... talvez ausentes... talvez imaginários... talvez inexistêntes até na memória de mim...
Sinto-me perdida, mas sinto-me bem... sinto a brisa tocar-me a pele suave e corada do sol... sinto o sabor que o vento calmamente me deslisa pela pele... ouço o toque brusco de uma folha que se soltando da árvore, atrás do meu corpo deitado, desenha um caminho ondulado até tocar a relva que sinto debaixo do meu ser... Agarro com força essa mesma relva, esticando os dois braços ao longo do meu corpo e permanecendo deitada... aperto-a com força e posso senti-la dissolver-se nos meus dedos... nesse momento, sinto-me natureza... sinto-me de algum lugar... encontro-me dentro de mim... quero descrever esta imagem e as palavras fogem, escondem-se nos meus recantos... fecho os olhos, não consigo escrever... uma lágrima descreve um caminho leve no meu rosto, ouço o seu toque ao caír ao chão... não quero mexer-me.. não agora, não tenho força... num suave instante o vento toca-me o rosto e sussurra-me ao ouvido palavras de esperança... e depressa esta brisa me arranca do rosto o caminho que a lágrima que caíu foi traçando... levando para longe de mim e do meu mundo qualquer sentimento que podesse deixar...

domingo, fevereiro 10, 2008

7 de Fevereiro de 2008

Bem... Já passaram cerca de 3 dias, ainda assim não queria que a data passasse sem te escrever... poderia rechear esta página de palavras doces, de fotos magníficas, de sentimentos meigos e bons... como os que nos unem... mas escolhi este clip para te dedicar....

Jamais te poderei esquecer e é esta mensagem que quero deixar-te... O teu olhar, o teu sorriso, o teu toque... o sentimento que construímos... o que conseguimos ser juntos... Nós! Para sempre

NÓS*

Hoje chamaste-me "minha patetinha" questionei-te e disseste que mesmo que não quisesses acreditar que te amava o meu sorriso me denunciava... pois é... já passaram 3 aninhos e ainda assim quando te olho sinto um sentimento de grandeza... uma felicidade extrema... e o meu sorriso é como tu dizes: "de orelha a orelha"... porque sim... porque és a minha metade... porque és "aquele"... porque jamais poderia amar assim outro alguém que não fosses tu...

Quando não estás aqui já não consigo ser "inteira"... sou uma parte de mim, apenas uma parte de mim... quando me tocas, quando me dás a mão, quando me beijas a testa, quando me cuidas e me proteges deste mundo mau... aí sim sou eu... sou eu em pleno... consigo ser INTEIRA! Porque hoje... a parte que me falta és TU... e só tu podes preencher este vazio... somos um puzzle... podemos separar-nos mas as nossas imagens apenas podem ser admiradas por inteiro quando a peça de ti encaixa na peça de mim... e passamos a contar uma bela história de amor...

Porque apenas consigo um auge de felicidade quando os teus olhos cruzam os meus, quando me fazes rir, quando te faço cansar de tantas gargalhadas, quando cantamos juntos, quando os teus dedos se entrelaçam nos meus, quando os teus lábios descansam nos meus... quando me dizes que sou a mulher da tua vida... quando dizes que já não podes viver sem mim... quando somos um só.. e o mundo à volta deixa de existir: "É só amor (love), nem vêem, nem ouvem mais ninguém"

Amo-te*

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Uma viagem pelo passado...

Este seria um post que muitos dos meus amigos me diriam que jamais deveria fazer...

Mas se nos libertassemos de todas as coisas más que o passado nos guarda, talvez isso fosse possível...

Na melhor das hipóteses apenas lembramos com regularidade as coisas boas e deveriamos ter utilizado as más para crescer e aprender a viver melhor... eu própria tentei crescer, e sinto que cresci... tentei tornar-me alguém melhor e tentei retirar as coisas melhores de cada episódio da minha vida... mas será que alguém consegue mesmo esquecer ou aprender a ver só a parte útil das coisas "más"? Sinceramente, não acredito!

Hoje sou uma pessoa feliz, tenho a pessoa que sempre procurei (talvez o problema tenha sido o ter procurado... visto que todos dizem que o amor aparece quando menos esperamos) ainda assim às vezes penso o passado, revejo a minha história em livros... choro com momentos que revivo noutras personagens... e penso que abdicava dos ensinamentos que algumas das coisas me trouxeram...

Na verdade não me considero uma pessoa má (será que alguém se considera?!) e ainda assim colhi algumas sementes venenosas na minha caminhada...

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" Rita era uma menina sonhadora, insegura e doce. Vivia ansiosa por viver um grande amor, gostava de poesia, vivia ao som de músicas calmas e na verdade era uma romântica que 'gostava' de chorar por amor.

Vivia intensamente as histórias de amor à sua volta, com a sede insaciável que ao absorvê-las se sentisse preenchida, complecta. A falta de amor próprio fazia dela uma pessoa 'fraca' que aceitava dos outros palavras mesquinhas e situações que a magoavam... chorava com regularidade e habituou-se a uma vida com lágrimas, da qual não havia muito a esperar... Não era uma pessoa solitária mas sentia-o muitas vezes... Na verdade as lágrias turvavam-lhe a vista e não conseguia destinguir as pessoas que lhe faziam falta das que não lhe eram precisas para absolutamente nada.

Um dia decidiu colocar um ponto final na sua vontade de se sentir 'coitadinha', de se sentir inferior, pequenina... cresceu dentro de si mesma, aprendeu a olhar para o espelho... pensou que havia construído o seu amor próprio. Na verdade Rita escondeu-se mais uma vez atrás de uma ilusão, escondeu-se atrás de uma imagem segura... no fundo a sensibilidade, o medo e ansiedade de ser amada sem reservas estavam lá... camuflados, mas lá!

Este camuflar de sentimentos iria revelar-se na sua vida mais cedo que o esperado e mais que uma vez...

Um dia Rita e os amigos saíram da sua cidade para estudar fora, Rita começou a viver uma nova vida... conheceu pessoas novas e aquela aparente segurança não demorou a dar frutos, por onde passava era admirada e desejada... Conheceu pessoas boas e pessoas menos boas... na verdade, eram as menos boas que lhe suscitavam sempre maior interesse...

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Um dia Rita conheceu uma pessoa que se tornou numa das mais especiais na sua vida, nessa época. Com ele descobriu o seu primeiro beijo apaixonado, o abraço apertado, as confidências, os namoros ao telefone, as loucuras, as noites a conversar sem desejos mais fortes... era o primeiro namoro inocente... Ele tinha o amor incondicional que ela tanto procurou, mas o que ela sentia era um misto de vontade de estar com ele com um torbilhão de sentidos que a afastavam dele... talvez medo, ela nunca entendeu... ele era uma pessoa boa, mas um pouco 'fraco'... começou a trabalhar porque ela lhe explicou que não podia passar uma vida sem fazer nada, não tinha tido uma vida fácil mas isso não era justificação para se esquecer de viver... O que mais a deixava confusa era ele ser uma pessoa sem objectivos, uma pessoa que passou a viver para ela e por ela... o que mais havia ansiado tinha se tornado uma armadinha e a luz incial foi-se desvanescendo... Sem coragem para o enfrentar, porque gostava imenso dele... sem esta ser a uma justificação plausível ou aceitável, afastou-se sem lhe dar qualquer explicação... ele sofreu, ele procurou-a.. ela evitou... deixou-se levar pelo medo... Um dia conseguiram voltar a ser amigos e ele era a pessoa mais doce que conhecia...

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Um dia Rita decidiu partir à aventura e conheceu um rapaz diferente... sentiu um aperto no peito... I. era mais velho, gostava de conversar, entendia-a e ajudava-a nos seus problemas... dizia admirá-la pela sua persistência e por ser lutadora (admirá-la.. jamais alguém disse admirá-la), foi a primeira pessoa a dizer-lhe de forma meiga que gostava do seu jeito 'mimado' de ser... Foi a primeira pessoa a oferecer-lhe flores, a comer bombons com Rita ou mesmo a ligar-lhe no dia dos namorados... foi também a sua primeira separação verdadeiramente dolorosa... I. era desportivo, mas discreto... e tinha um olhar misterioso e sonhador... Aquele olhar escondia muitos desejos, mas Rita nunca se preocupou em saber do que se tratava, na sua inocência pensava que haveria espaço e tempo para tal... Foi o primeiro a quem ofereceu um presente de aniversário, no qual se reflectiu a sua inexperiência... Rita comprou um pluche para um 'homem de 1m90 que ao abrir o presente e com um ar surpreendido lhe disse:

'Nunca ninguém me tinha oferecido um pluche' - podera...

Um dia ele decidiu ir ter com Rita à casa alugada que tinha com algumas amigas junto à escola, Rita estava doida, estava ansiosa, sentia um aperto... Foi buscá-lo e o abraço foi aconchegante, o jantar correu bem e a noite estava a ser magnífica... Conversaram até tarde e depois decidiram dormir... ou melhor, ela decidiu dormir... ele começou a tocá-la e Rita beijava-o, esperava que estivessem apenas a namorar um pouquinho antes de dormir... nestas coisas ela ainda não percebia os sinais... Alguns minutos depois ele procurou aquilo que realmente tinha sido a razão da sua visita, Rita afastou-o e I. foi bruto e agressivo com ela... baixinho e sem o seu aconchego adormeceu sentindo as lágrimas correm pelo seu rosto... ainda assim, na manhã seguinte ele pediu desculpa e foi embora... na sua inocência Rita pensou que I. havia compreendido, ela nunca tinha vivido aquela cena... Mas as chamadas foram escaciando, os e-mails não mais chegavam e ele desapareceu da sua vida sem se justificar... (tal como ela tinha feito da primeira vez...). Julgou merecer, mas não queria acreditar na razão... Foi dificil e levou algum tempo a recuperar desta situação.

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Após esta cena Rita viveu apenas pequenas aventuras, era muitto romântica e acabava sempre por se magoar. Neste tempo voltou a aproximar-se do amigo que tinha ficado após o primeiro romance falhado... ele continuava meigo e sonhador, dizia-lhe muitas vezes que ela era a sua alma gémea: "my soul mate". Carente e triste voltou a aproximar-se dele... mas não sentia o fogo que consome um ser apaixonado, o gelo que nos congela quando ouvimos a voz de quem nos faz transbordar de sentimentos bons. Ele era amigo, era irmão, era confidente... mas sem entender porquê, não era amor... Culpava-se por não sentir, uma vez que este a amava incondicionalmente. Com o tempo acabou por magoá-lo mais uma vez e nunca mais soube dele...

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Um dia Rita andava no mundo da internet, dos chat's e conheceu um rapaz, estanho... mas que de alguma forma mexia com ela... (mais uma vez a tendência para o abismo).

Ela estava triste e melancólica, ele desanimado e indignado. Ela pela necessidade que continuava a sentir de ter alguém do seu lado, ele porque (segundo o que disse) estava desiludido... tinha ido ter com uma rapariga que havia conhecido tinham estado juntos e depois ela tinha-o trocado pelo ex-namorado... Falaram horas a fio e depois de ele muito insistir foram beber café, ambos precisavam falar e desanuviar (insistia ele...). Esta vontade subita de sair com ela não a fazia ver que ele não estava nem aí para o que lhe havia acontecido, se é que tinha havido na realidade outra rapariga... Encontraram-se, e ela fez questão que fosse num local com muita gente e onde estivessem amigos seus... O rapaz era normal... não muito alto, nem gordo nem de estrutura atlética, olhos verdes e aparentemente simpáctico... depois de conversarem algum tempo decidiram passear um pouco, perto do bar havia um jardim magnifico e este foi o destinho escolhido... já eram perto das 23 horas e andaram num passo lento saboreando aquela noite de Outono. Com o passar das conversas surge o tema proíbido 'o amor', Rita tenta fugir e ele começa a falar de si, de uma traição que havia vivido ainda adolescente e referia nunca mais tinha sido o mesmo... Dizia que tinha amado de verdade e ser trocado fez dele uma pessoa diferente face a este sentimento... Rita ouvia, sempre fora uma boa ouvinte e confidente... Ele começou a questioná-la, queria deixá-la frágil e conseguiu, Rita quase chorava a responder-lhe às questões que depois entendeu eram questões chave para ele conseguir o que queria... Numa zona sem muita gente encostou-a a uma árvore num gesto subtil e olhos nos olhos disse-lhe:

' Mas isso não interessa pois não? o que importa não é o passado é o que podemos fazer com o futuro e como podemos começar a contruí-lo no presente'

Acabando de dizer estas palavras tenta beijá-la mas Rita afasta-o, ele tenta novamente e Rita deixa-se ir... o seu coração batia acelarado e ela não conseguia pensar, afastou-o de si e disse que não conseguia... não o conhecia o suficiente e o passado era recente, estava confusa... Ele perguntou-lhe se queria ir para casa, mas ela não tinha vontade de voltar à realidade... pediu-lhe um momento e conversaram algum tempo, ele disse que a entendia, que ela precisava de um colo, de alguém que a entendesse, que lhe conseguia ler nos olhos a doçura e voltou a beijá-la... desta vez Rita deixou-se levar e já era tarde quando chegou a casa... Posto isto ele passou a fazer-lhe visitas regulares, um dia E. estava com ela e esta recebeu uma mensagem.. ele sem a consultar pegou no seu telemóvel e leu... era de um amigo seu.. e no final ele despidia-se com beijos e dizia que a adorava. Esta mensagem deixou-o fora de si, gritou com ela, chamou-lhe os nomes mais feios que se pode imaginar, quase lhe bateu e expulsou-a de dentro do seu carro empurrando-a e fechando a porta de seguida. Ligou o carro e desapareceu no nevoeiro a alta velocidade. Rita estava gelada, estava confusa e as lágrimas caíam... estava frágil e perguntava-se se merecia... Entrou em casa, não quis falar com ninguém e foi colocar-se entre os cobertores... decidiu esquecer, mas no dia seguinte foi acordada ao som do telemóvel... era ele... E. estava arrependido queria estar com ela... pensou que dar-lhe mais uma oportunidade não podia ser assim tão mau... Foi ter com ele no dia seguinte, colocou uma roupa especial, um perfume suave e quando o viu sorriu... ele estava estranho... levou-a a casa dele, fizeram as pazes e fizeram amor pela primeira vez... ela sentia-se estranha, perdida... ele estava simpático, meigo e doce... levou-a a casa e conheceu a sua mãe... lancharam e E. foi para casa, Rita ficou a pensar na tarde que tinha vivido... E. não lhe ligava e Rita começou a pensar que podia ter acontecido algo... Tentou ligar a tarde toda mas não obteve resposta... à noite já depois de entrar em stresse o telemóvel toca e Rita vê o nome no ecrã do telemóvel E. era ele:
- Sim?
- 'Tás boa? O que querias? tinha umas 10 chamadas tuas...
- Estava preocupada contigo, não disseste nada quando chegaste...
- Tinha de dizer? Não somos nada pois não?
Rita sentiu as pernas a tremer e deixou-se cair na sua cama bem por trás de si... mas ainda conseguiu perguntar:
- Desculpa? E o que se passou esta tarde foi uma diversão?
- Não sejas parva... aconteceu o que acontece com muita gente, isso não quer dizer que sejamos namorados não é? Tu pensas demais...
- Não, não é... - disse já a soluçar, tinha entregue a sua virgindade, a mesma que guardara durante 19 anos esperando encontrar o seu principe encantado... e ele sabia-o... não lhe podia ter feito isto...
Ele ainda disse qualquer coisa que ela nem conseguiu ouvir, de entre todas as palavras ainda escutou:
- Estou desapontado contigo, agora tens que reconquistar a minha confiança... ainda gosto de ti...
Rita não podia crer:
- Estás desapontado? tenho que reconquistar a tua confiança e fazes amor comigo? tu és louco...
Despediram-se e não mais falaram nesse dia, Rita estava a tentar recompor-se do que se passara... estava magoada, triste e a entrar em profunda depressão...
Dois dias depois o telefone volta a tocar e no ecrã desenhado estava o nome de E., ainda ponderou ou não atender mas o que a ligava a ele era mais forte que qualquer desilusão... e depois ela não tinha amor próprio que a obrigasse a ficar quieta ou a rejeitar aquela chamada. Do lado de lá ouvia-se uma voz trémula:
- Rita?...
Rita começou a ficar preocupada:
- E.? que se passa? está tudo bem?
-Não.. está tudo mal, estou doente, de cama.. quase não consigo falar - a voz parecia perder-se com uma maior extensão de enunciado
- Mas que se passa E.?
- Não sei... fiquei assim, sinto a tua falta... desculpa-me!
- Não sejas tonto, eu continuo aqui...
- Sabes Rita... perdi o emprego - ao soletrar estas palavras começou a chorar compulsivamente, Rita não sabia o que fazer... ou o que dizer:
- Calma Du eu estou aqui... eu não te vou deixar agora e tu vais ficar bom e vais arranjar um emprego melhor, acreditas em mim?
- Não sei... - disse entre lágrimas.
- CALMA porfavor... queres que vá ter contigo?
- Não... a minha mãe está quase a chegar...
- Mas promete-me que me ligas a que horas for, para conversar se sentires que precisas...
- Prometo... Gosto muito de ti!
- Eu também e tudo vai ficar bem sim?
- Sim
Despediram-se e dentro de algumas horas conversa repetiu-se... todos os dias lhe ligava duas a três vezes por dia. Já melhor e assim que conseguiu saír da cama foi visitar Rita e perderam-se em gestos de carinho e juras de amor... com o tempo e com o apoio de Rita E. conseguiu arranjar um novo emprego e assim que assinou contracto ligou a Rita:
- Sabes Rita, és a mulher da minha vida...
- Não sejas tonto, não sabes o que estás a dizer...
- Juro!! Nunca ninguém fez tanto por mim, nunca ninguém acreditou assim tanto em mim... nem os meus pais... quero sair de casa e quero ir viver contigo...
Rita estava abismada mas ao mesmo tempo sentia-se bem:
- Tás louco...
- Consegui o emprego e quem esteve sempre ao meu lado? Tu! És linda...
- Quando nos vemos?
- Hoje tenho jogo mas amanhã vou ter contigo...
Nessa noite E. teve jogo, tinha uma equipa de Futsal à qual se entregava com todo o empenho, depois do jogo ligou a Rita disse que gostava imenso dela e que tinha sido convidado para um aniversário.
Já à hora do aniversário ligou a Rita e disse que tinha saudades... que estavam todos atrasados, e que tinha sido o primeiro a chegar... quando viu os seus amigos a chegar despediu-se e disse que depois falavam. Rita despediu-se e pediu-lhe que se divertisse, estava a precisar, depois de tudo o que havia passado.
Mais tarde e já na hora de dormir Rita tentou ligar-lhe para lhe dar boa noite mas E. não atendeu, Rita decidiu deixar mensagem. Pouco tempo depois, e para seu espanto recebeu uma mensagem, ao abrir a mensagem os olhos encheram-se de lágrimas:
" Olha Rita não me mandes mais mensagens que a minha namorada não gosta, tá?"
Rita não podia crer no que os seus olhos acabavam de ler... ele tem namorada? agora percebia as visitas espaçadas, não a ter apresentado aos amigos... seria mesmo verdade? não podia ser, e a história de ela ser a mulher da vida dele? de querer ir viver com ela?
Nessa noite não conseguiu dormir... com os dias a passar, as ideias não se conseguiam aclarar na sia cabeça e percebeu que tinham que ter uma conversa definitiva com E. para que podesse começar a tentar uma nova vida. Ligou mil e uma vezes e ele não lhe atendia o telefone... decidiu ligar para casa, ele havia-lhe dado o número uma vez, para surpresa dela tocou duas vezes e atenderam, sorte ou não era E.:
- E.? que se passa? elouqueceste?
Sentiu-se uma tensão do lado de lá.. ele estava surpreso...
- Sabes encontrei a mulher da minha vida...
- Estás doido não estás? e a juras de amor? não querias ir viver comigo?
- Pois mas ela mexeu comigo e agora sei que é a sério...
- Ah comigo era a brincar?
- Não é isso, mas ela é a tal...
Rita sentiu-se desfalecer, mas engoliu o sapo e continuou...
- Ok E. espero que sejas muito feliz, se ela realmente é a tal tens que aproveitar e ser feliz.
- Obrigada Rita - respondeu sem se preocupar em tê-la feito sofrer.
Ao desligar Rita chorou horas a fio e deixou-se dormir, cansada de tanto chorar, enrolada nas almofadas da sua cama.
Com o tempo tentou recompor-se mas tudo aquilo lhe parecia um pesadelo do qual iria acordar a qualquer momento...
Cerca de um mês depois E. mandou-lhe um mail a dizer que precisava falar consigo, Rita não podia crer no que os seus olhos liam... mas mais uma vez respondeu-lhe, explicava que "a tal" o tinha deixado e que tinha sido um louco em abandonar Rita, que esta era a melhor pessoa que havia conhecido em toda a sua vida. Rita não podia crer, a pessoa que lhe chamara mais nomes na sua vida, que lhe "roubara" tão friamente a virgindade por mero gozo como havia percebido depois de tudo, que lhe dera com os pés com a primeira que lhe abrira as portas, vinha novamente armado em cãozinho abandonado procurá-la... Respondeu-lhe que não mais queria falar com ele, que a relação que haviam ido fazia parte de um passado que queria esquecer e que estava muito bem como estava. Por mais que lhe doesse e mesmo contra tudo o que a familia dizia e queria, ela ainda sentia alguma coisa por ele... Faltou pouco para que o telemóvel começasse a tocar insistente mente, que lhe mandasse mails a insinuar que esta tinha outro, que sempre tivera outro que era uma qualquer e que como ela haviam muitas. Rita não podia crer, ele que a tinha trocado por outras ou secalhar que sempre tivera outra enquanto estava com Rita estava a insinuar que esta tinha outra pessoa, ou que sempre tivera... E. não podia ser bom da cabeça... ele tinha um problema grave... Na manhã seguinte tinha uma mensagem de voz no telemóvel, as lágrimas tomaram conta de si quando ouviu a voz daquele que ainda pensava que gostava a dizer palavras de horror:
- Tu és uma pessoa muito podre não és? Tu não prestas, tu usas as pessoas... Gordas como tu encontro a pontapé, não prestas, não serves nem para dar umas voltinhas. Sabes o que devias fazer? pegar numa espingarda e dar um tiro na cabeça, porque este mundo ficaria bem melhor sem ti e sem pessoas da tua laia... metes-me nojo... és nojenta, rasqueirosa e vales menos que zero... devias ir te tratar, mas o teu mal já não tem cura, já nasceste assim, sais a quem tens que sair, são todos iguais... és uma merda... morre!
Rita estava em estado de choque, a mãe ao vê-la assim pegou no telemóvel e ouviu a mensagem, Rita sentia uma dor no peito que lhe apanhava o corpo todo e a impossibilitava de ter qualquer
reacção... Os pais quiseram a morada de E., o pai era a pessoa mais calma do mundo mas quando mexiam com as suas "meninas" ele virava louco, Rita fingiu não saber porque sabia que se o pai visse E. não se controlaria e tudo poderia acabar muito mal... Apartir desse dia E. ainda tentou falar com ela mas Rita evitou quaisquer contactos...
Demorou a esquecer e a voltar a acreditar nas pessoas, chorava com facilidade, sentia medo de encontrar E. na rua, sentia medo de olhar para as pessoas, deixou de sorrir e começou a ficar ainda mais tempo em casa... passou dias na cama, passou dias sem conversar com ninguém, sem comer como deve de ser, sem sequer abrir os olhos..."
Com o tempo fui crescendo e aprendi com tudo o que vivi... um dia o sol voltou a brilhar... mas essa é outra história, fica para outro dia

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Disney

Como eu adoro a disney...

Como eu adoro histórias de encantar!!

É dificil escolher uma favorita... mas acho que gosto um bocadinho pequenino MAIS do Aladino :D:D

Magnifico!!*

terça-feira, janeiro 01, 2008

Feliz Ano 2008

Mais um ano que passou...
Mais um ano em que provoquei e me provocaram sorrisos, lágrimas e saudade...
Mais um ano em que se fizeram planos para o futuro e se realizaram sonhos e planos pensados à muito tempo...
Mais um ano de etapas conquistadas e de novos desafios...
Mais um ano longe de pessoas importantes e perto de algumas que amo do fundo do coração...
Mais um ano de descanso e de trabalho...
Mais um ano retratado em fotografias, videos, cartas e e-mails...
Mais um ano em que vimos crescer os pequeninos, casar os nossos amigos, partir os mais velhos e também alguns desses amigos/irmãos do coração... mais um ano em que vimos abrir os olhos a este planeta os melhores "tesouros" do mundo: as crianças!
Mais um ano em que nos queimamos ao sol e nos molhamos à chuva... mais um ano em que saímos de casaco cachecol e gorro para vencer o frio que muitas vezes não era apenas exterior, mas que se manifestava com mais força dentro de cada um de nós...
Mais um ano em que deixamos de ver alguns dos nossos amigos com tanta frequência, uma vez que o destino teima em separar-nos e mais um ano em que se fizeram novos e bons amigos... Mais um ano de gargalhadas sentidas e de soluços de medo e de incerteza...
Mais um ano em que encontrámos aquele amigo que não viamos faz uma eternidade e nos perdemos num abraço bem forte perdendo a noção do tempo com uma conversa que nos fez viajar juntos... mais um ano em que aquele amigo especial ficou a uma distância enorme mesmo perto de nós... aquele amigo que deixamos e nos deixou afastar por qualquer coisa que nem sabemos explicar... mais um ano em que se disseram palavras a mais com as quais magoamos pessoas que amamos ou pessoas que não mereciam ouvi-las, só porque não nos soubemos controlar ou apenas porque tinhamos que descarregar a nossa raiva em alguém... mais um ano em que se deixaram palavras por dizer... aos que mereciam ouvi-las, aos que nos disseram coisas boas e ficaram á espera de uma resposta que não chegou, aos que precisaram de nós... mais um ano em que se ajudaram vários amigos e não se conseguiu ajudar outros tantos... mais um ano em que se guardou dinheiro para algo importante e na semana seguinte se foi fazer um rapto ao mialheiro só porque surgiu alguma coisa, e ainda assim dois dias depois nos arrependemos de ter ido lá mexer...
Mais um ano de coisas boas e coisas más... a vida é mesmo assim e assim continuará a ser e o mais importante é que estamos cá e temos connosco os que amamos... felizes e com saúde...
O que importa é que ainda nos amamos, mesmo longe, que ainda somos amigos, que ainda somos uma familia...
O que importa é que ainda temos aquele abraço, ainda temos aquele sorriso, ainda temos aquele toque...
O que importa é que ainda nos temos uns aos outros!
Feliz 2008!!

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Sem grande inspiração...

Como estava sem inspiração hoje.. decidi colocar um clip que adoro desde o primeiro dia que vi e uma música que me ficou no ouvido assim que vi este mesmo video...
Daniel Powter - Bad Day


Mensagens de amor e dedicação deliciam-me...

Por vezes queria ser um pouco menos romântica... mas não consigo :p

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Temos de virar a nossa vida de pernas p'ro ar :P



Eu sonhei que o mundo estava a acabar,
E isso fez-me pensar em tudo o que me resta fazer.
Lamentei tudo o que não fiz.
Vou fintar qualquer obstáculo
para concretizar os meus sonhos.
Apenas tenho que virar
A minha vida de pernas para o ar,
E procurar uma casa para eu morar.
Um pequeno T2,
Onde podemos viver os dois.
Com vista para o mar e o jardim.
Um carro com tecto de abrir.
Apenas tenho que virar
A minha vida de pernas para o ar,
E procurar uma casa para eu morar.
Tenho que virar
A minha vida de pernas para o ar,
E procurar uma casa para eu morar.
Só me falta arranjar um emprego
Para poder estar contigo, só contigo!
Vou tentar encontrar.
Tenho que virar
A minha vida de pernas para o ar,
E procurar uma casa para eu morar.
Tenho que virar
A minha vida de pernas para o ar,
E procurar uma casa para eu morar.
Tenho que virar
A minha vida de pernas para o ar,
E procurar uma casa para eu morar.
Tenho que virar
A minha vida de pernas para o ar,
E procurar uma casa para eu morar.
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Ricardo Azevedo

domingo, dezembro 16, 2007

Amigas



Recebi por mail.. não sei quem fez mas está magnífico!!!

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Há quem diga que mulheres, quando são amigas, ficam insuportáveis...


...Porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.


A vida nos apresenta milhares de pessoas. E cada uma delas vem cumprir um papel em nossa vida.


Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados...


Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida.


Tem as amigas da família, as primas, irmãs e tias, que sempre estão indo e vindo da sua vida, provando que o tempo passa, mas certas coisas nunca mudam.


Aquela amiga desbocada que só fala palavrão e se mete em encrenca, mas faz você rir muito.


Tem aquela com quem você andade braços dados pra todo canto. Aquela pra quem você contou sobre o primeiro garoto que você gostou. Aquela que te dá toques sobre roupas, pessoas, corte de cabelo e comportamento.


Tem aquela outra que é chorona, aquela que critica você a cada cinco minutos, aquela "Nerd" e "CDF"que sabe de tudo, e aquela melosa, que gosta de abraçar e mandar recadinhos de amor.


E aquela com quem você dividiu a cama naquela viagem que foio maior programa de índio da sua vida.


Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, e que você sente que foi entendida. Aquela que te dá broncas emanda você parar de roer as unhas.


Aquela que não tem vergonha de dizer que te ama.

Aquela que apresenta os melhores caras. Aquela que passa com você o momento mais difícil da sua vida. Aquela que te liga todo dia.


Aquela intelectual, que te ensina milhares de coisas. Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar, e aquela que virou as costas quando você mais precisou.


Aquela que faz tudo que você pede, e aquela egoísta. Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.


E aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado. E aquela outra que exigea sua atenção.


Tem também aquela
idealista, com que você discute horas, os problemas existenciais da humanidade.


Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e que mesmo assim você adora.


Aquela que parece sua mãe, e vive pra te dar conselho.

Aquela de quem você sente muito ciúme. Aquela que você invejou secretamente.


Tem também aquela, por quem você sente um carinho enorme desde a primeira vez que viu.


Aquela que pede a Deus por você, quando ora.


Aquela que você magoou porque a trocou por outra que não valia nada. Aquela que te deu o conselho certo, mas que você não ouviu.


E aquela única, com quem você divide o que tem de mais precioso...


Aquela que paga coisas para você, quando você está sem grana. Aquela que você arrumou o véu,antes dela entrar na igreja pra se casar.


Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais soube. E aquela que é uma irmã pra você.


Tem quem não possui tantas amigas assim, mas tem aquela que vale por todas!!!


Aquela que é sempre uma companhiagostosa, mesmo que o programaseja: ''não ter nada pra fazer''...


E tem também a melhor amiga. Aquela que é simplesmente "aquela".


Claro, os homens também sabem ser bons amigos. Também deixam ótimas lembranças. Mas nada é igual à amizade entre duas mulheres.


Um grande beijo para as amigas que vierem a ler isso, para as que não vão ler, para aquelas que estão perto e longe de mim, para aquelas que eu lembro a todo minuto e para aquelas que eu esqueci.


Digo sem piscar que a amizade vale a pena.. E quem me ensinou isso, foi
VOCÊ!!!!

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Dedico este post a todas as minhas amigas... as que foram e ainda são, as que foram e que o destino levou para longe, as que começaram a ser à pouco tempo e as que ainda virão a ser :D beijinhossss

Chanel

Não imaginam como fico presa a este anuncio... ADORO! Mas existe uma explicação... eu sou doidaaaaaaaa pelo Moulin Rouge :D:D:D sim... sou romântica!!!

Disfrutem!!!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

A festa de asteriscos ;p

Esta é daquelas que eu adoro e que todos ficam a olhar para mim com pena...
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Os asteriscos resolveram dar uma festa de arromba, mas havia um critério de selecção que os "asteriscos" segurança LOL tinham que ter em conta:


- Só podem entrar asteriscos nesta festa! - repetiam sempre que outro ponto queria entrar...


A certa altura aperece um ponto final e é barrado pelos asteriscos segurança:


- Amigo! Amigo! Não pode entrar, esta é uma festa exclusivamente para asteriscos.


Com um ar convencido o ponto final responde:


- 'Tás ta passar? Deixa-me entrar páhh, Já não se pode usar gel???

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Desejando...

Amo-te como nunca pensei conseguir...
Tocas-me como jamais imaginei poder sentir...
Sonhamos juntos com um futuro lado a lado,
queremos dividir sorrisos e beber-nos as lágrimas que rolarem em nossos rostos...
Pensei não ser possivel, durante tanto tempo, manter-te apaixonado...
Hoje sei que o amor tem destas coisas e em ti permaneço de olhos postos...
Devia dar graças, todos os dias, por teres cruzado o meu caminho
Dizer-te ao ouvido, a todo o momento, que jamais te deixarei sozinho...
Beijar-te o rosto, como se faz a uma criança, deixando um sentimento de ternura...
Brindar-te com sorrisos de simplicidade pura...
Quando não estás pinto, com cores alegres, os nossos momentos
e sinto-me amar-te e tocar-te em pensamentos...
Consigo sentir a tua língua na minha pele, os teus dedos no meu corpo
Consigo sentir-me ofegante ao teu ouvido e o teu cheiro chega-me num doce sopro...
Quase vejo a tua pele suada tocar a minha, unindo-as na nossa fragrância...
Vejo-nos no final, com o sentimento de grandeza que só sentimos na infância
Os corpos cansados caiem um perto do outro, o teu braço forte envolve-me, protege...
Ficamos a observar-nos, sorrimos, amamo-nos através de um olhar, de um toque inocente...
Juramo-nos e prometemo-nos uma eternidade lado a lado...
E tudo "termina" como começou...
Beijas-me, chamas-me princesa e dizes o quanto me queres...
Eu fico envergonhada, mesmo depois de três anos perto de ti, toco os meus lábios nos teus e digo que te preciso...
Agradeço a tua existência na minha vida e em mim e tu soletras, olhos nos olhos...
Amo-te!
Aconchego-me na minha cama e adormeço contigo em pensamento

domingo, dezembro 09, 2007

História de uma vida I

Hoje sento-me para escrever sobre ti... alguém que não vejo faz tanto tempo...
A mesma idade... inicio de percurso de vida idêntico... o mesmo pensamento... os mesmos sonhos... a mesma vida!! Mas a falha acontece exactamente na altura em que os nossos caminhos se separaram por injustiças... mesmo com destinos diferentes continuavamos juntas... sempre juntas... acho que o sangue sempre falou mais alto... brigas, discussões eram uma constante quando mais novas... mas a amizade e a cumplicidade sempre venceram entre nós...
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Cresceste um pouco mais rápido, começaste a trabalhar e não saíamos muito... embora juntas as nossas educações sempre foram diferentes... cresceste como se vivesses na altura da minha mãe... eras conservadora e continuas a sê-lo e por isso hoje sofres o dobro do que alguém da nossa idade sofreria com a tua vida... Ganhavas o teu dinheiro e guardava-lo religiosamente para quando podesses mudar de vida e começar a ser FELIZ!! Para quando amasses e começasses a ser amada... para quando te entregasses de alma e coração... Será que alguma vez te sentiste realmente feliz? acredito que por meros instantes a resposta seja afirmativa!!
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Lembro-me como se fosse hoje, cheguei da escola e tinha saudades tuas... fui a casa da avó... estavas no banho... entrei sentei-me na sanita, como fazia sempre que estava contigo e estavas no banho, estavas a relaxar naquela banheira cheia de àgua a ferver que fazia a avó mandar vir contigo... Sempre gostaste de àgua a ferver no banho, como a tua mana mais velha, saíam sempre "cozidas" como vos dizia em tom de brincadeira... Naquele dia estavas diferente, tinhas um sorriso pátéctico na cara... era segunda e soube que tinhas saído com a tia no fim de semana... Disseste-me quase a sussurrar: - Ando com uma pessoa... não contes a ninguém!!! pedido ao qual não esperavas resposta, já nos conheciamos o suficiente...
respondi-te com um bombardeamento de questões: - Quem?? O filho daquele com quem a tia anda a sair? Bem me disseste que andava aí qualquer coisa... como é? e idade? o que aconteceu? Pormenores sff!!
Passaste a esponja de forma suave na perna, levantada fora de àgua e sorriste timidamente... eras tão timida no que respeitava a assuntos do coração... ainda assim, hoje estás mais fechada...
Estavas apaixonada confessaste-o, ele era meigo, atencioso, preocupado... e parecia amar-te... fazias o que querias dele e ele era o teu menino...
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Passaram alguns dias e trouxeste-o para nos conhecer, era simpático, gostamos dele, jantou connosco nesse dia e era tão doce contigo... estava feliz por ti... sentias-te nas nuvens... algum tempo depois as coisas começaram a mudar e tu não eras mais a mesma... entre os fins de semana que passavas em casa dele e os dias a trabalhar o "nosso" tempo diminuiu... Ao falar contigo sentia-te mais apagada.. a tua luz não brilhava tanto... e ele estava diferente... não suportava sair com vocês, não suportava estar perto mais de 10 minutos... ele tratava-te como se não fosses ninguém... quem out'rora te venerava e fazia tudo o que lhe pedias hoje não te deixava sequer abrir a boca sem que te rebaixa-se, sem que te chama-se burra e te fizesse senti-lo de veras... choravas e dizias que o amavas e no fim de semana seguinte chegava a tua casa com um ramo de flores e um pedido de desculpa "deslavado"... Haviam fins de semana que não aparecia, saía com os amigos e com as amigas... e tu não querias fazê-lo porque ele se zangava... quantas vezes te tentei arrancar de casa? tu sabes!!!
Ouvi-o dizer-te, com os meus ouvidos, que se te deixa-se mais ninguém te quereria... ouvi-te calar a esta provocação e percebi que a vossa relação não podia ir bem... abri-te os olhos, pedi-te que lhe fizesses frente mas para meu desgosto acreditaste em cada uma daquelas palavras e redimiste-te...
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Alguns dias depois disseste-me: - Vou casar!! Boquiaberta não conseguia acreditar no que estava a ouvir: - Tens a certeza? Achas que vai correr bem? Com o maior dos sorrisos nos teus lábios continuaste, enquanto comias uma sandes de fiambre e secavas o cabelo no teu quarto ao som da radio cidade: - Hum hum, ele ama-me e eu amo-o... depois vamos sair de Portugal e construir a nossa vida! Estava imóvel a observar-te os movimentos: - Temos 19 anos... a vida ainda pode mudar tanto! Olhaste-me abismada, como se dissesse uma parvoice: - Tás doida? ele foi o meu primeiro namorado, o meu primeiro homem, amo-o como nunca mais vou amar ninguém... Fixei a laranjeira que se vê da janela do teu antigo quarto e balbuciei: - Tu é que sabes... só quero que sejas muito feliz! Continuaste a vestir o pijama: - E vou ser, este será o inicio da minha verdadeira vida... Dei um sorriso cínico para a janela e disse para mim mesma: - Espero que sim! Voltei-me... abraceite com as lágrimas nos olhos e pedi-te que fosses feliz!!!
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Chegou o dia... estavas LINDA... aquele vestido branco, o teu sorriso... o teu cheiro... estavas feliz e eu só tinha vontade de te sorrir... merecias aquele momento como ninguém... merecias ser feliz... acompanhamos-te o dia todo... disseste um sim sentido, beijaram-se de forma apaixonada e depois de um almoço demorado partiram para casa dele...
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Sentia-me esquesita... faltava uma semana para nos separarmos como nunca havia acontecido... Um distância exageradamente grande iria existir entre nós, entre as confissões, entre as discordias, entre os puxões de orelhas uma à outra, entre as nossas vidas e entre nós duas... senti a lágrima percorrer-me o rosto, mas desejei-te a maior das felicidades... Foste embora alguns dias depois e ficou o vazio.. e a estranheza de não te termos aqui... os telefonemas, as sms e as conversas de videoconferencia no pc começaram a ser uma constante... constante que com o tempo se tornou mais rara... tu também nunca foste de muitas demonstrações de carinho, de saudade... nunca foste muito sentimentalista...
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Mas quando chegava o verão cá estavas tu... iamos à praia, saiamos juntas e dividiamos experiencias... o primeiro ano senti-te diferente.. ele continuava a tratar-te como se fosses inferior e isso irritava-me por demais... um dia fiz-lhe frente quando tentou fazer-me o mesmo: - Tás ta passar? se ela te deixa tratá-la assim azar... embora ela não mereça e não seja nada do que dizes... tens muita sorte de ela ter olhado para ti, podes ter a certeza... agora a mim? eu não te sou nada... por isso calma contigo... Pediu-me desculpa e disse que não estava a dizer o que quer que fosse com um verdadeiro fundamento... passou...
No segundo ano senti-vos mais unidos... fiquei tão feliz... saímos a quatro :D e vocês estavam bem mais unidos, mais doces... mais felizes... pensei que haviam crescido juntos... lá longe, onde se tinham apenas um ao outro... senti uma sensação de felicidade que não sei explicar... Ele falava em bebés... estavam doidos...
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Uns tempos depois de irem para longe novamente vem a noticia... estavas grávida... ficamos radiantes... era uma menina e hoje tem quase um ano... ainda não a vimos... a vida não mais vos deixou vir cá... perto dos teus... a vida, ou o que ele fez dela... o que ele fez da vossa vida... da tua vida!
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Hoje vives calada, escondida numa concha... nem sabemos o que se passa dentro dessas quatro paredes... ele não te deixa falar... e tu poucas vezes o fazes... agora sentimos-te a aflição e queremos ajudar, mas é tão dificil... estás longe e fechaste.. nem sabemos bem com medo de quê... ele tem reacções agressivas, tem más companhias, não te ajuda... nem mais falou connosco... nem nos liga... e tu permaneces sozinha... num país que não é o teu... com uma língua que não consegues dominar, com a tua mais que tudo, a nossa pequenina e alguém que jamais mudará de atitude... ainda que o tempo o ajude a crescer enquanto não acontece vais sofrer sozinha... sem que te possamos jogar a mão... sem que te possa abraçar e te peça para fazeres uma loucura, estarei sempre ao teu lado! Quero convencer-te a mudar de vida, mas não acatas essa ideia... quero poder ter-te aqui, mas não pões essa hipótese em questão... quero-nos de volta, mas sinto que tardará imenso a acontecer...
Quero-te feliz, mas sinto que não me deixarás ajudar-te a sê-lo...
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Sinto-me incapaz e é terrivel... sabem o que é sentir que não conseguimos ajudar alguém que amamos e que sentimos, precisa de nós?

quarta-feira, dezembro 05, 2007

A nossa simplicidade...

O nosso segredo está na magia com que nos queremos quando estamos juntos...
Na plenitude com que nos tocamos quando "brincamos" com as nossas coisas...
A nossa alegria está na simplicidade com que vemos as coisas...
A nossa cumplicidade está na forma unica como fazemos mil e uma coisa juntos...
As nossas vidas estão unidas, não só por laços de sangue.. mas mais do que isso por laços de amor, pela dedicação infinita que nos temos...
Pela doçura com que nos tratamos...
Pela simples razão de que EXISTIMOS uns para os outros...
Amo-vos com todas as forças que existem em mim...
Marta & Drekas & Rafa & Larocas

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Mesa - Vicio de ti

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Mágnifico:

"Não me esqueci, não antevi, não adormeci o meu vicio de ti..."

domingo, dezembro 02, 2007

Mesa - Luz Vaga

Adoro esta musica... mas faz tanto que não a ouvia... faz-me lembrar parte de um passado... passados mal resolvidos... momentos distantes... esta musica é linda!! :D


"Dançei para te ver aqui, eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar, sim.. quis pedir ajuda mas a língua estava morta...
sei lá... parei de olhar, tenho uma corda acesa prestes a queimar...
Não és capaz de me levar a sério, vo saltar em teu lugar...
Sei que nada mais pode me ajudar..."

domingo, novembro 25, 2007

Por tudo o que és para mim...

Amo-te,

sem mais palavras...

quarta-feira, novembro 21, 2007

Os pontinhos :D

O que é um pontinho branco em cima de um frigorifico?


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Uma pipoca suicida!!!
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P.S. Ok eu adoro piadas de pontinhos... mas eu bem que desconfiava que as pipocas tinham problemas psicológicos... aqueles saltos todos não podiam ser normais... não podia ser tudo euforia pelo actor jeitoso do novo filme em cartaz... :p

terça-feira, novembro 20, 2007

Chuva!

Ontem deitei-me por debaixo de um montão de cobertores e edredon, entre uns lençóis mais quentes que os de flanela e fiquei a ouvir...
A chuva caía lá fora e o vento soprava e batia na janela do meu quarto... sentia-me quase protegida, faltavas apenas tu...
O pensamento esvoaçou por lugares distantes, por mundos paralelos... conseguia sentir as gotas de chuva na minha face e o brusco movimento do vento a fazer dançar os meus cabelos... escrevi para quem mais precisava de sentir naquele momento, mas a vida se encarregou de "arrancar de mim"... pensei em futilidades, em momentos que me deixam nervosa e em pessoas com as quais me sinto pouco à vontade... situações que me deixam com medo, lugares que me aumentam o bater do coração...
Pensei que não existe ninguém melhor que ninguém, embora muita gente se aproveite de "estatutos" para nos fazer sentir inferiores... gente que para mim não tem qualquer credibilidade, nós não precisamos utilizar estatutos para mostrarmos o que realmente somos...
Será que utilizam esta forma de estar na vida porque na realidade não tem segurança naquilo que realmente são?
Será que tem necessidade de se sentir superior por pensarem que de outra forma não serão respeitados?
Será que gostam de ver as caras de "medo" quando se aproximam?
Ou gostam de sentir que mesmo "mal" todos falam deles quando chegam?
Magoa-me existirem pessoas assim...

sábado, novembro 17, 2007

O Inglês!!!


É só por isto que eu me recuso a falar inglês!!
P.S -> Não é que eu não saiba! LOOL

sexta-feira, novembro 09, 2007

Lágrimas e chuva*

Peço, a alguma força superior, ajuda para chegar onde quero!

Amo-te mais que tudo, mas estou a sentir-me frágil!

A força quer fugir... e não te consigo avistar*