segunda-feira, janeiro 14, 2008

Uma viagem pelo passado...

Este seria um post que muitos dos meus amigos me diriam que jamais deveria fazer...

Mas se nos libertassemos de todas as coisas más que o passado nos guarda, talvez isso fosse possível...

Na melhor das hipóteses apenas lembramos com regularidade as coisas boas e deveriamos ter utilizado as más para crescer e aprender a viver melhor... eu própria tentei crescer, e sinto que cresci... tentei tornar-me alguém melhor e tentei retirar as coisas melhores de cada episódio da minha vida... mas será que alguém consegue mesmo esquecer ou aprender a ver só a parte útil das coisas "más"? Sinceramente, não acredito!

Hoje sou uma pessoa feliz, tenho a pessoa que sempre procurei (talvez o problema tenha sido o ter procurado... visto que todos dizem que o amor aparece quando menos esperamos) ainda assim às vezes penso o passado, revejo a minha história em livros... choro com momentos que revivo noutras personagens... e penso que abdicava dos ensinamentos que algumas das coisas me trouxeram...

Na verdade não me considero uma pessoa má (será que alguém se considera?!) e ainda assim colhi algumas sementes venenosas na minha caminhada...

.

" Rita era uma menina sonhadora, insegura e doce. Vivia ansiosa por viver um grande amor, gostava de poesia, vivia ao som de músicas calmas e na verdade era uma romântica que 'gostava' de chorar por amor.

Vivia intensamente as histórias de amor à sua volta, com a sede insaciável que ao absorvê-las se sentisse preenchida, complecta. A falta de amor próprio fazia dela uma pessoa 'fraca' que aceitava dos outros palavras mesquinhas e situações que a magoavam... chorava com regularidade e habituou-se a uma vida com lágrimas, da qual não havia muito a esperar... Não era uma pessoa solitária mas sentia-o muitas vezes... Na verdade as lágrias turvavam-lhe a vista e não conseguia destinguir as pessoas que lhe faziam falta das que não lhe eram precisas para absolutamente nada.

Um dia decidiu colocar um ponto final na sua vontade de se sentir 'coitadinha', de se sentir inferior, pequenina... cresceu dentro de si mesma, aprendeu a olhar para o espelho... pensou que havia construído o seu amor próprio. Na verdade Rita escondeu-se mais uma vez atrás de uma ilusão, escondeu-se atrás de uma imagem segura... no fundo a sensibilidade, o medo e ansiedade de ser amada sem reservas estavam lá... camuflados, mas lá!

Este camuflar de sentimentos iria revelar-se na sua vida mais cedo que o esperado e mais que uma vez...

Um dia Rita e os amigos saíram da sua cidade para estudar fora, Rita começou a viver uma nova vida... conheceu pessoas novas e aquela aparente segurança não demorou a dar frutos, por onde passava era admirada e desejada... Conheceu pessoas boas e pessoas menos boas... na verdade, eram as menos boas que lhe suscitavam sempre maior interesse...

.

Um dia Rita conheceu uma pessoa que se tornou numa das mais especiais na sua vida, nessa época. Com ele descobriu o seu primeiro beijo apaixonado, o abraço apertado, as confidências, os namoros ao telefone, as loucuras, as noites a conversar sem desejos mais fortes... era o primeiro namoro inocente... Ele tinha o amor incondicional que ela tanto procurou, mas o que ela sentia era um misto de vontade de estar com ele com um torbilhão de sentidos que a afastavam dele... talvez medo, ela nunca entendeu... ele era uma pessoa boa, mas um pouco 'fraco'... começou a trabalhar porque ela lhe explicou que não podia passar uma vida sem fazer nada, não tinha tido uma vida fácil mas isso não era justificação para se esquecer de viver... O que mais a deixava confusa era ele ser uma pessoa sem objectivos, uma pessoa que passou a viver para ela e por ela... o que mais havia ansiado tinha se tornado uma armadinha e a luz incial foi-se desvanescendo... Sem coragem para o enfrentar, porque gostava imenso dele... sem esta ser a uma justificação plausível ou aceitável, afastou-se sem lhe dar qualquer explicação... ele sofreu, ele procurou-a.. ela evitou... deixou-se levar pelo medo... Um dia conseguiram voltar a ser amigos e ele era a pessoa mais doce que conhecia...

.

Um dia Rita decidiu partir à aventura e conheceu um rapaz diferente... sentiu um aperto no peito... I. era mais velho, gostava de conversar, entendia-a e ajudava-a nos seus problemas... dizia admirá-la pela sua persistência e por ser lutadora (admirá-la.. jamais alguém disse admirá-la), foi a primeira pessoa a dizer-lhe de forma meiga que gostava do seu jeito 'mimado' de ser... Foi a primeira pessoa a oferecer-lhe flores, a comer bombons com Rita ou mesmo a ligar-lhe no dia dos namorados... foi também a sua primeira separação verdadeiramente dolorosa... I. era desportivo, mas discreto... e tinha um olhar misterioso e sonhador... Aquele olhar escondia muitos desejos, mas Rita nunca se preocupou em saber do que se tratava, na sua inocência pensava que haveria espaço e tempo para tal... Foi o primeiro a quem ofereceu um presente de aniversário, no qual se reflectiu a sua inexperiência... Rita comprou um pluche para um 'homem de 1m90 que ao abrir o presente e com um ar surpreendido lhe disse:

'Nunca ninguém me tinha oferecido um pluche' - podera...

Um dia ele decidiu ir ter com Rita à casa alugada que tinha com algumas amigas junto à escola, Rita estava doida, estava ansiosa, sentia um aperto... Foi buscá-lo e o abraço foi aconchegante, o jantar correu bem e a noite estava a ser magnífica... Conversaram até tarde e depois decidiram dormir... ou melhor, ela decidiu dormir... ele começou a tocá-la e Rita beijava-o, esperava que estivessem apenas a namorar um pouquinho antes de dormir... nestas coisas ela ainda não percebia os sinais... Alguns minutos depois ele procurou aquilo que realmente tinha sido a razão da sua visita, Rita afastou-o e I. foi bruto e agressivo com ela... baixinho e sem o seu aconchego adormeceu sentindo as lágrimas correm pelo seu rosto... ainda assim, na manhã seguinte ele pediu desculpa e foi embora... na sua inocência Rita pensou que I. havia compreendido, ela nunca tinha vivido aquela cena... Mas as chamadas foram escaciando, os e-mails não mais chegavam e ele desapareceu da sua vida sem se justificar... (tal como ela tinha feito da primeira vez...). Julgou merecer, mas não queria acreditar na razão... Foi dificil e levou algum tempo a recuperar desta situação.

.

Após esta cena Rita viveu apenas pequenas aventuras, era muitto romântica e acabava sempre por se magoar. Neste tempo voltou a aproximar-se do amigo que tinha ficado após o primeiro romance falhado... ele continuava meigo e sonhador, dizia-lhe muitas vezes que ela era a sua alma gémea: "my soul mate". Carente e triste voltou a aproximar-se dele... mas não sentia o fogo que consome um ser apaixonado, o gelo que nos congela quando ouvimos a voz de quem nos faz transbordar de sentimentos bons. Ele era amigo, era irmão, era confidente... mas sem entender porquê, não era amor... Culpava-se por não sentir, uma vez que este a amava incondicionalmente. Com o tempo acabou por magoá-lo mais uma vez e nunca mais soube dele...

.

Um dia Rita andava no mundo da internet, dos chat's e conheceu um rapaz, estanho... mas que de alguma forma mexia com ela... (mais uma vez a tendência para o abismo).

Ela estava triste e melancólica, ele desanimado e indignado. Ela pela necessidade que continuava a sentir de ter alguém do seu lado, ele porque (segundo o que disse) estava desiludido... tinha ido ter com uma rapariga que havia conhecido tinham estado juntos e depois ela tinha-o trocado pelo ex-namorado... Falaram horas a fio e depois de ele muito insistir foram beber café, ambos precisavam falar e desanuviar (insistia ele...). Esta vontade subita de sair com ela não a fazia ver que ele não estava nem aí para o que lhe havia acontecido, se é que tinha havido na realidade outra rapariga... Encontraram-se, e ela fez questão que fosse num local com muita gente e onde estivessem amigos seus... O rapaz era normal... não muito alto, nem gordo nem de estrutura atlética, olhos verdes e aparentemente simpáctico... depois de conversarem algum tempo decidiram passear um pouco, perto do bar havia um jardim magnifico e este foi o destinho escolhido... já eram perto das 23 horas e andaram num passo lento saboreando aquela noite de Outono. Com o passar das conversas surge o tema proíbido 'o amor', Rita tenta fugir e ele começa a falar de si, de uma traição que havia vivido ainda adolescente e referia nunca mais tinha sido o mesmo... Dizia que tinha amado de verdade e ser trocado fez dele uma pessoa diferente face a este sentimento... Rita ouvia, sempre fora uma boa ouvinte e confidente... Ele começou a questioná-la, queria deixá-la frágil e conseguiu, Rita quase chorava a responder-lhe às questões que depois entendeu eram questões chave para ele conseguir o que queria... Numa zona sem muita gente encostou-a a uma árvore num gesto subtil e olhos nos olhos disse-lhe:

' Mas isso não interessa pois não? o que importa não é o passado é o que podemos fazer com o futuro e como podemos começar a contruí-lo no presente'

Acabando de dizer estas palavras tenta beijá-la mas Rita afasta-o, ele tenta novamente e Rita deixa-se ir... o seu coração batia acelarado e ela não conseguia pensar, afastou-o de si e disse que não conseguia... não o conhecia o suficiente e o passado era recente, estava confusa... Ele perguntou-lhe se queria ir para casa, mas ela não tinha vontade de voltar à realidade... pediu-lhe um momento e conversaram algum tempo, ele disse que a entendia, que ela precisava de um colo, de alguém que a entendesse, que lhe conseguia ler nos olhos a doçura e voltou a beijá-la... desta vez Rita deixou-se levar e já era tarde quando chegou a casa... Posto isto ele passou a fazer-lhe visitas regulares, um dia E. estava com ela e esta recebeu uma mensagem.. ele sem a consultar pegou no seu telemóvel e leu... era de um amigo seu.. e no final ele despidia-se com beijos e dizia que a adorava. Esta mensagem deixou-o fora de si, gritou com ela, chamou-lhe os nomes mais feios que se pode imaginar, quase lhe bateu e expulsou-a de dentro do seu carro empurrando-a e fechando a porta de seguida. Ligou o carro e desapareceu no nevoeiro a alta velocidade. Rita estava gelada, estava confusa e as lágrimas caíam... estava frágil e perguntava-se se merecia... Entrou em casa, não quis falar com ninguém e foi colocar-se entre os cobertores... decidiu esquecer, mas no dia seguinte foi acordada ao som do telemóvel... era ele... E. estava arrependido queria estar com ela... pensou que dar-lhe mais uma oportunidade não podia ser assim tão mau... Foi ter com ele no dia seguinte, colocou uma roupa especial, um perfume suave e quando o viu sorriu... ele estava estranho... levou-a a casa dele, fizeram as pazes e fizeram amor pela primeira vez... ela sentia-se estranha, perdida... ele estava simpático, meigo e doce... levou-a a casa e conheceu a sua mãe... lancharam e E. foi para casa, Rita ficou a pensar na tarde que tinha vivido... E. não lhe ligava e Rita começou a pensar que podia ter acontecido algo... Tentou ligar a tarde toda mas não obteve resposta... à noite já depois de entrar em stresse o telemóvel toca e Rita vê o nome no ecrã do telemóvel E. era ele:
- Sim?
- 'Tás boa? O que querias? tinha umas 10 chamadas tuas...
- Estava preocupada contigo, não disseste nada quando chegaste...
- Tinha de dizer? Não somos nada pois não?
Rita sentiu as pernas a tremer e deixou-se cair na sua cama bem por trás de si... mas ainda conseguiu perguntar:
- Desculpa? E o que se passou esta tarde foi uma diversão?
- Não sejas parva... aconteceu o que acontece com muita gente, isso não quer dizer que sejamos namorados não é? Tu pensas demais...
- Não, não é... - disse já a soluçar, tinha entregue a sua virgindade, a mesma que guardara durante 19 anos esperando encontrar o seu principe encantado... e ele sabia-o... não lhe podia ter feito isto...
Ele ainda disse qualquer coisa que ela nem conseguiu ouvir, de entre todas as palavras ainda escutou:
- Estou desapontado contigo, agora tens que reconquistar a minha confiança... ainda gosto de ti...
Rita não podia crer:
- Estás desapontado? tenho que reconquistar a tua confiança e fazes amor comigo? tu és louco...
Despediram-se e não mais falaram nesse dia, Rita estava a tentar recompor-se do que se passara... estava magoada, triste e a entrar em profunda depressão...
Dois dias depois o telefone volta a tocar e no ecrã desenhado estava o nome de E., ainda ponderou ou não atender mas o que a ligava a ele era mais forte que qualquer desilusão... e depois ela não tinha amor próprio que a obrigasse a ficar quieta ou a rejeitar aquela chamada. Do lado de lá ouvia-se uma voz trémula:
- Rita?...
Rita começou a ficar preocupada:
- E.? que se passa? está tudo bem?
-Não.. está tudo mal, estou doente, de cama.. quase não consigo falar - a voz parecia perder-se com uma maior extensão de enunciado
- Mas que se passa E.?
- Não sei... fiquei assim, sinto a tua falta... desculpa-me!
- Não sejas tonto, eu continuo aqui...
- Sabes Rita... perdi o emprego - ao soletrar estas palavras começou a chorar compulsivamente, Rita não sabia o que fazer... ou o que dizer:
- Calma Du eu estou aqui... eu não te vou deixar agora e tu vais ficar bom e vais arranjar um emprego melhor, acreditas em mim?
- Não sei... - disse entre lágrimas.
- CALMA porfavor... queres que vá ter contigo?
- Não... a minha mãe está quase a chegar...
- Mas promete-me que me ligas a que horas for, para conversar se sentires que precisas...
- Prometo... Gosto muito de ti!
- Eu também e tudo vai ficar bem sim?
- Sim
Despediram-se e dentro de algumas horas conversa repetiu-se... todos os dias lhe ligava duas a três vezes por dia. Já melhor e assim que conseguiu saír da cama foi visitar Rita e perderam-se em gestos de carinho e juras de amor... com o tempo e com o apoio de Rita E. conseguiu arranjar um novo emprego e assim que assinou contracto ligou a Rita:
- Sabes Rita, és a mulher da minha vida...
- Não sejas tonto, não sabes o que estás a dizer...
- Juro!! Nunca ninguém fez tanto por mim, nunca ninguém acreditou assim tanto em mim... nem os meus pais... quero sair de casa e quero ir viver contigo...
Rita estava abismada mas ao mesmo tempo sentia-se bem:
- Tás louco...
- Consegui o emprego e quem esteve sempre ao meu lado? Tu! És linda...
- Quando nos vemos?
- Hoje tenho jogo mas amanhã vou ter contigo...
Nessa noite E. teve jogo, tinha uma equipa de Futsal à qual se entregava com todo o empenho, depois do jogo ligou a Rita disse que gostava imenso dela e que tinha sido convidado para um aniversário.
Já à hora do aniversário ligou a Rita e disse que tinha saudades... que estavam todos atrasados, e que tinha sido o primeiro a chegar... quando viu os seus amigos a chegar despediu-se e disse que depois falavam. Rita despediu-se e pediu-lhe que se divertisse, estava a precisar, depois de tudo o que havia passado.
Mais tarde e já na hora de dormir Rita tentou ligar-lhe para lhe dar boa noite mas E. não atendeu, Rita decidiu deixar mensagem. Pouco tempo depois, e para seu espanto recebeu uma mensagem, ao abrir a mensagem os olhos encheram-se de lágrimas:
" Olha Rita não me mandes mais mensagens que a minha namorada não gosta, tá?"
Rita não podia crer no que os seus olhos acabavam de ler... ele tem namorada? agora percebia as visitas espaçadas, não a ter apresentado aos amigos... seria mesmo verdade? não podia ser, e a história de ela ser a mulher da vida dele? de querer ir viver com ela?
Nessa noite não conseguiu dormir... com os dias a passar, as ideias não se conseguiam aclarar na sia cabeça e percebeu que tinham que ter uma conversa definitiva com E. para que podesse começar a tentar uma nova vida. Ligou mil e uma vezes e ele não lhe atendia o telefone... decidiu ligar para casa, ele havia-lhe dado o número uma vez, para surpresa dela tocou duas vezes e atenderam, sorte ou não era E.:
- E.? que se passa? elouqueceste?
Sentiu-se uma tensão do lado de lá.. ele estava surpreso...
- Sabes encontrei a mulher da minha vida...
- Estás doido não estás? e a juras de amor? não querias ir viver comigo?
- Pois mas ela mexeu comigo e agora sei que é a sério...
- Ah comigo era a brincar?
- Não é isso, mas ela é a tal...
Rita sentiu-se desfalecer, mas engoliu o sapo e continuou...
- Ok E. espero que sejas muito feliz, se ela realmente é a tal tens que aproveitar e ser feliz.
- Obrigada Rita - respondeu sem se preocupar em tê-la feito sofrer.
Ao desligar Rita chorou horas a fio e deixou-se dormir, cansada de tanto chorar, enrolada nas almofadas da sua cama.
Com o tempo tentou recompor-se mas tudo aquilo lhe parecia um pesadelo do qual iria acordar a qualquer momento...
Cerca de um mês depois E. mandou-lhe um mail a dizer que precisava falar consigo, Rita não podia crer no que os seus olhos liam... mas mais uma vez respondeu-lhe, explicava que "a tal" o tinha deixado e que tinha sido um louco em abandonar Rita, que esta era a melhor pessoa que havia conhecido em toda a sua vida. Rita não podia crer, a pessoa que lhe chamara mais nomes na sua vida, que lhe "roubara" tão friamente a virgindade por mero gozo como havia percebido depois de tudo, que lhe dera com os pés com a primeira que lhe abrira as portas, vinha novamente armado em cãozinho abandonado procurá-la... Respondeu-lhe que não mais queria falar com ele, que a relação que haviam ido fazia parte de um passado que queria esquecer e que estava muito bem como estava. Por mais que lhe doesse e mesmo contra tudo o que a familia dizia e queria, ela ainda sentia alguma coisa por ele... Faltou pouco para que o telemóvel começasse a tocar insistente mente, que lhe mandasse mails a insinuar que esta tinha outro, que sempre tivera outro que era uma qualquer e que como ela haviam muitas. Rita não podia crer, ele que a tinha trocado por outras ou secalhar que sempre tivera outra enquanto estava com Rita estava a insinuar que esta tinha outra pessoa, ou que sempre tivera... E. não podia ser bom da cabeça... ele tinha um problema grave... Na manhã seguinte tinha uma mensagem de voz no telemóvel, as lágrimas tomaram conta de si quando ouviu a voz daquele que ainda pensava que gostava a dizer palavras de horror:
- Tu és uma pessoa muito podre não és? Tu não prestas, tu usas as pessoas... Gordas como tu encontro a pontapé, não prestas, não serves nem para dar umas voltinhas. Sabes o que devias fazer? pegar numa espingarda e dar um tiro na cabeça, porque este mundo ficaria bem melhor sem ti e sem pessoas da tua laia... metes-me nojo... és nojenta, rasqueirosa e vales menos que zero... devias ir te tratar, mas o teu mal já não tem cura, já nasceste assim, sais a quem tens que sair, são todos iguais... és uma merda... morre!
Rita estava em estado de choque, a mãe ao vê-la assim pegou no telemóvel e ouviu a mensagem, Rita sentia uma dor no peito que lhe apanhava o corpo todo e a impossibilitava de ter qualquer
reacção... Os pais quiseram a morada de E., o pai era a pessoa mais calma do mundo mas quando mexiam com as suas "meninas" ele virava louco, Rita fingiu não saber porque sabia que se o pai visse E. não se controlaria e tudo poderia acabar muito mal... Apartir desse dia E. ainda tentou falar com ela mas Rita evitou quaisquer contactos...
Demorou a esquecer e a voltar a acreditar nas pessoas, chorava com facilidade, sentia medo de encontrar E. na rua, sentia medo de olhar para as pessoas, deixou de sorrir e começou a ficar ainda mais tempo em casa... passou dias na cama, passou dias sem conversar com ninguém, sem comer como deve de ser, sem sequer abrir os olhos..."
Com o tempo fui crescendo e aprendi com tudo o que vivi... um dia o sol voltou a brilhar... mas essa é outra história, fica para outro dia

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Disney

Como eu adoro a disney...

Como eu adoro histórias de encantar!!

É dificil escolher uma favorita... mas acho que gosto um bocadinho pequenino MAIS do Aladino :D:D

Magnifico!!*

terça-feira, janeiro 01, 2008

Feliz Ano 2008

Mais um ano que passou...
Mais um ano em que provoquei e me provocaram sorrisos, lágrimas e saudade...
Mais um ano em que se fizeram planos para o futuro e se realizaram sonhos e planos pensados à muito tempo...
Mais um ano de etapas conquistadas e de novos desafios...
Mais um ano longe de pessoas importantes e perto de algumas que amo do fundo do coração...
Mais um ano de descanso e de trabalho...
Mais um ano retratado em fotografias, videos, cartas e e-mails...
Mais um ano em que vimos crescer os pequeninos, casar os nossos amigos, partir os mais velhos e também alguns desses amigos/irmãos do coração... mais um ano em que vimos abrir os olhos a este planeta os melhores "tesouros" do mundo: as crianças!
Mais um ano em que nos queimamos ao sol e nos molhamos à chuva... mais um ano em que saímos de casaco cachecol e gorro para vencer o frio que muitas vezes não era apenas exterior, mas que se manifestava com mais força dentro de cada um de nós...
Mais um ano em que deixamos de ver alguns dos nossos amigos com tanta frequência, uma vez que o destino teima em separar-nos e mais um ano em que se fizeram novos e bons amigos... Mais um ano de gargalhadas sentidas e de soluços de medo e de incerteza...
Mais um ano em que encontrámos aquele amigo que não viamos faz uma eternidade e nos perdemos num abraço bem forte perdendo a noção do tempo com uma conversa que nos fez viajar juntos... mais um ano em que aquele amigo especial ficou a uma distância enorme mesmo perto de nós... aquele amigo que deixamos e nos deixou afastar por qualquer coisa que nem sabemos explicar... mais um ano em que se disseram palavras a mais com as quais magoamos pessoas que amamos ou pessoas que não mereciam ouvi-las, só porque não nos soubemos controlar ou apenas porque tinhamos que descarregar a nossa raiva em alguém... mais um ano em que se deixaram palavras por dizer... aos que mereciam ouvi-las, aos que nos disseram coisas boas e ficaram á espera de uma resposta que não chegou, aos que precisaram de nós... mais um ano em que se ajudaram vários amigos e não se conseguiu ajudar outros tantos... mais um ano em que se guardou dinheiro para algo importante e na semana seguinte se foi fazer um rapto ao mialheiro só porque surgiu alguma coisa, e ainda assim dois dias depois nos arrependemos de ter ido lá mexer...
Mais um ano de coisas boas e coisas más... a vida é mesmo assim e assim continuará a ser e o mais importante é que estamos cá e temos connosco os que amamos... felizes e com saúde...
O que importa é que ainda nos amamos, mesmo longe, que ainda somos amigos, que ainda somos uma familia...
O que importa é que ainda temos aquele abraço, ainda temos aquele sorriso, ainda temos aquele toque...
O que importa é que ainda nos temos uns aos outros!
Feliz 2008!!