domingo, setembro 25, 2005

Permaneço neste sentimento de solidão que me invade…


(carta de desespero)

Aqui neste lugar, permaneço quieta sem muita vontade sequer de mover um único músculo, o mundo lá fora continua a ‘correr’ mas eu não tenho mais vontade de viver esta vida, nem força para ultrapassar estes obstáculos… não sozinha… não sem ti que ainda hoje não sei bem quem és ou onde andas para poder ralhar te… que me deixaste tanto tempo aqui sozinha… e a ser magoada por gente má… mas acabar a chorar no teu colo e dizer te olhos nos olhos que te amo….
Quem és tu?
Onde andas? Posso ir buscar te? Tenho saudades tuas… sei que talvez nunca te tenha visto ou talvez sejas quem eu nem espero… mas diz me… mas vem… estou cansada, sem vontade de viver, desanimada e mal tratada, este coração não suporta mais desilusão… mais dor… vem e acaba de vez com esta dor… com esta mágoa.
O vento sopra lá fora e cá dentro não sinto nada… nem uma pequena brisa que me mostre que permaneço viva… e para variar tenho medo…
Medo e raiva de ser tão fraca e senti lo constantemente…
O mundo fica escuro, cada vez mais materialista, fútil, feio, vazio como hoje falava com um amigo… poucos de nós já pensam na vida desta forma ou se esforçam para fazer dela algo agradável não apenas para si mesmos…
E no meio disto tudo tenho saudades tuas amor…. E nem te conheço de verdade, talvez nem nunca tenha sentido este sentimento de verdade, tudo tão fingido, tudo tão porque tem que ser ou porque nos sentimos sós…
Não quero nem mais um momento, sem fundamento, na minha vida… nem mais um… detesto momentos sem significado QUERO AMAR muito será que não entendem isso? Talvez entendam e por isso brinquem tanto com quem sente… como me odeio por ter conhecido pessoas más e ter acreditado nelas, lobos com pele de cordeiro… e nunca senti ódio de ninguém ontem o ódio foi um sentimento que passou a fazer parte de mim e sinto me triste =( amor vem de uma vez e acaba com este sofrimento, odeio me por continuar a acreditar em ti… talvez nem existas…
Talvez o amor não passe de uma ilusão da minha cabeça e sejam eles os certos… sejam eles que brincam e saem a rir se de mim no final… talvez os certos sejam eles.
Que faço eu aqui? Porque sou eu assim? Porque não sou igual a eles e poder viver melhor assim… porque não?
Tenho receio de falhar, de fazer mais escolhas erradas, tenho medo das pessoas… do mundo… tenho medo de sair à rua… e permaneço quieta neste lugar sem muita vontade sequer de mover um único músculo, adormecendo depois de deixar rolar a ultima lágrima que cai por saudade do teu carinho, e sede do teu abraço.


Marta Martins 29.11.04

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